Bola no Ar

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quarta-feira, 6 de março de 2013

Poema do Louco

Era meia-noite,
O sol brilhava no horizonte,
Estava andando parado, sentado em uma pedra de borracha, com os olhos arregalados, quase fechando, quando não muito longe dali vi um bosque sem árvores, onde passarinhos pastavam alegremente,  vacas cantavam pulando de galho em galho  e  elefantes descansavam à sombra de um pé de alface.

Resolvi voltar de pressa, vagarosamente, p'ra casa e entrar pela porta da frente que ficava nos fundos.
No quarto deitei meu paletó na cama e me pendurei no cabide.
Passei a noite em claro, pois esqueci de apagar as luzes.
Sonhei que estava acordado e quando acordei pensei que estava dormindo.
Levantei-me e fui ao banheiro, onde resolvi almoçar.
Logo senti um gosto horrível na boca, pois havia comido o guardanapo e limpado os beiços com o bife.

Fui então até o jardim e lá encontrei um papel em branco, onde estava escrito: "Assim diziam aqueles nove profetas, que eram três, Jacó e Pedro: 'O mundo é mesmo uma bola quadrada e diante disso prefiro muitas vezes a morte do que perder a vida'”.