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segunda-feira, 16 de março de 2015

Loucura, loucura, loucura

Na tentativa de equilibrar o Alagoano de 2015, a FAF baixou a Resolução de Diretoria número 02/2015, mudando a forma como serão conhecidos os semifinalistas, bem como o segundo rebaixado do campeonato, visto que o Sport, de Atalaia, já sofreu rebaixamento quando se recusou a disputar a competição.  Desta forma o certame ficou com um grupo com quatro equipes e  outro com cinco. Como os lados se cruzam em jogos de ida e volta, lógico está que os times do Grupo B (5 equipes) farão menos jogos (8 partidas, cada) do que os do A (4 equipes que jogam 10 vezes, cada), conseguintemente, no B, com as entidades de prática desportiva disputando menos pontos (24) eram  enormes as chances de o rebaixado ser um dos times de lá: CRB, Asa, Sta. Rita, CSE e Murici.

Que fez a FAF? Decidiu que a classificação não será mais pela pontuação, e sim pelo índice-técnico, mas, desconhecendo cálculos elementares da matemática, esqueceu que, utilizando o índice-técnico, a desvantagem apenas mudou de lado, prejudicando, agora, os times do Grupo A. Vamos provar à luz dos números.

Antes é preciso informar como é calculado o tal índice. Divide-se o número de pontos obtidos pelo time pelo total de pontos possíveis de conquistar, e multiplica-se o resultado por 100. Veja melhor, abaixo.


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Agora vamos pegar dois times, um de cada grupo, e supor que tenham, cada um, somado dez pontos. Vamos imaginar ainda que os clubes são CSA (Grupo A) e CRB (Grupo B). Observe, no exemplo, que com o mesmo número de pontos ganhos, sempre o time do A estará em desvantagem, portanto, a maluquice da Federação não resolveu o problema.


Matemática prova desnível no campeonato


Vale lembrar que a responsável pela bagunça é a Federação por ter permitido que idosos fossem inscritos pelo União Palmeirense para disputar a Segunda Divisão, o que acabou com a eliminação do time pela Justiça Desportiva, obrigando a chamar de última hora o Sport, que sem condições desistiu de jogar. Agora o mais curioso de tudo é que ainda não ouvi um dirigente de clube, sequer, reclamar da situação. Quando forem abrir a boca o campeonato já terá terminado.