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segunda-feira, 14 de março de 2016

Classe política brasileira desdenha das ruas

A ideia de implantar, às pressas, o semiparlamentarismo, no Brasil, se assemelha a um pai que tenta desviar o foco de uma criança determinada a levar a cabo determinado assunto, dando uma nova informação ao pequenino, para que o cérebro infantil passe a trabalhar com o novo pensamento e esqueça o que estava fazendo. 
 
O povo já falou nas ruas, mas os políticos ainda não entenderam o recado

Por que antes das manifestações contra o desgoverno do PT o tema não foi colocado para os brasileiros? Por que somente agora, com o PT sangrando, é que a ideia foi posta? O que está embutido na novidade?

Em 1993 os brasileiros já disseram não ao parlamentarismo e não aceitarão a permanência da Senhora Rousseff a custa de uma filigrana como esta. Sinto que os políticos continuam sem entender o recado das ruas. Permanecem tratando as pessoas como se fossem meros bonecos de cera. Não levam em conta a revolta popular com tanta roubalheira, falta de remédios nos postos de saúde, aparelhamento do Estado, segurança inexistente, educação de péssima qualidade, problemas na mobilidade urbana e outras mazelas, todas tendo como fonte primária a corrupção. 



População de Maceió protesta e dá recado forte aos políticos

Se fosse implantado, o semiparlamentarismo permitiria a permanência de Dilma e do PT à frente do Governo, mas com menos forças para governar. A malandragem colocaria um Primeiro-Ministro no poder, que, diferentemente de outros parlamentos, não seria um parlamentar. No caso brasileiro o novo mandatário seria o Vice de Dilma Michel Temer. 

Senhores políticos, vamos parar de brincadeira. O povo está a ponto de explodir com tanta desfaçatez. Ainda assim, caso o absurdo viesse a ser implantado, não o consideraria "golpe", mas uma desesperada estratégia cínica de garantir os assentos de quem se acostumou a não colocar a mão em uma maçaneta de porta. Sempre tem um lambe-botas para abrir.